FARDOS CONSTRUÍDOS A RIGOR
Me comoves com a tua inconteste analogia,
Com ampla sensação a tristeza que acomete,
Não te esqueças também possíveis alegrias,
Salpicadas ao acaso pelas horas que padeces.
Somos fardos construídos e sempre a rigor,
Comandados a priori por um ser inteligente,
Mais inventaram-nos as tormentas do amor,
Para trazer-nos as alegrias,também lamentos.
Desprovidos desde sempre do ato piedoso,
Arrogantes negligentes pelo ego destrutivo,
Geralmente é padrão perdermos a mocidade.
Inda é imprescindível uma conduta análoga,
Remanescentes advindos da virtude jovial,
Acabrunhado nos rendemos a velhice fatal.
Luso poemas 06/04/13