ANTAGONISMO POÉTICO

Se da vida extraí os versos cáusticos da saudade

E entrelinhas soergui o grito vão do verso branco...

Em verdade só cantei minha existência em liberdade

Já que a cada flor que broto cai por terra o meu pranto.

Jamais pude me negar a decifrar um verso afoito

Já que toda poesia é ousadia a se cumprir

E se fui felicidade a versejar meu mundo solto

Também fui a crueldade de doer...sempre a sorrir.

Se do âmago do silêncio eu busquei a melhor rima

Qual menina em devaneio frente ao mundo a insurgir

É verdade que hesitei a enxergar em demasia

O mesmo mundo que lá fora eu me neguei a reflorir...

Nos canteiros dos desejos um a um a qualquer preço!

Dei um verso a cada enredo, me replantei novo jardim.