O DEUS DO AMOR
A divindade patrona dos amantes,
Nunca foi aquele menino alourado,
Que os poetas infantis e delirantes
Descrevem em versos inflamados.
Se há um deus para o apaixonado,
Deve ser coxo, lerdo e sem juízo,
Pois toda vez que ele é chamado,
Chega tarde e não evita o prejuízo.
Assim, a culpa de estarmos tristes,
Foi dele que não fez seu trabalho.
Por isso eu passei e não me vistes.
Se soubesse qual era teu caminho,
Eu teria tomado na vida um atalho,
E agora eu não estaria tão sozinho.
A divindade patrona dos amantes,
Nunca foi aquele menino alourado,
Que os poetas infantis e delirantes
Descrevem em versos inflamados.
Se há um deus para o apaixonado,
Deve ser coxo, lerdo e sem juízo,
Pois toda vez que ele é chamado,
Chega tarde e não evita o prejuízo.
Assim, a culpa de estarmos tristes,
Foi dele que não fez seu trabalho.
Por isso eu passei e não me vistes.
Se soubesse qual era teu caminho,
Eu teria tomado na vida um atalho,
E agora eu não estaria tão sozinho.