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Chove
Chove lá fora, e tu cais em cada gota,
Vens no beijo do vento, na brisa que passa...
És a folha que voa, a flor que se abre,
A nesga de azul no céu tempestuoso.
Chove lá fora, e chove aqui dentro,
Bem dentro da gente, de dentro dos olhos...
Chove tão completa e absolutamente,
Que nem mesmo os pássaros cantam nos galhos...
E após essa cruz, após o calvário,
Para onde, meu Deus, nos diga, para onde?...
Qual é o destino que a todos abraça,
O altar final para este relicário
Que nós carregamos, o nosso sudário,
A vida que temos, o tempo que passa?...
Minha homenagem
À
Maria Olimpia