Soneto do olhar
Olhar que é belo, é singelo, minha sina,
Cavalga, afaga os olhos meus num simples tom.
Vejo saudades, vejo o que há de bom.
Me aumenta tudo, aumenta o sangue, adrenalina!
Olhar amante, extravagante, olhar! morfina!
Olhar gostoso, doce doce! Meu bombom!
Faz-me sofrer, infelizmente tem o dom,
E ao mesmo tempo, é a luz que me ilumina.
Eu choro o pranto que é quão águas do mar,
Quando desvias teu olhar do meu, ó flor!
Este soneto, eu fiz só pra te falar,
Que teu olhar traz-me ora frio, ora calor.
E fico assim, ora a sorrir, ora a chorar,
E vivo e sigo, ora com ódio, ora o amor.