Soneto blues para uma cigana

Eu fui flechado por uma cigana

bem no meio do peito, de repente,

caí, pelo sorriso quase indecente

daquela jovem ribeirão-pretana

Ela era uma gata, sob a lua reluzente

Eu, coitado, era só uma ratazana

e bêbado, bem num meio de semana

eu me apaixonei perdidamente

Foi assim que começou meu fado

o meu blues nordestinizado

para aquela mulher que só sorria

E até hoje, ainda enfeitiçado

sem saber se ela me queria

espero embriagado pela luz do dia

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/05/2014
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