VÃOS...

Acalanto que se dispersa nos vãos,

na brecha, no ato de toda indecisão

sem sentido, sem olhares fraternos

Órfão se fez o amor, amarga solidão...

A partida é o escape, a culpa, um castigo

é como uma alegria sem os belos sorrisos,

mas é pura tristeza, em passos vagarosos

que se definham ao longo dos caminhos...

Não há mais lastros de sangue, ou genes

a cisão degolou a verdadeira misericórdia

o ultimo e derradeiro ato, o elo do perdão...

Então a morte espreita a vida, desalmando

o corpo que inopino, se perde no vão destino

na louca procura de tudo, procurando o nada...

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 22/05/2014
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