VÃOS...
Acalanto que se dispersa nos vãos,
na brecha, no ato de toda indecisão
sem sentido, sem olhares fraternos
Órfão se fez o amor, amarga solidão...
A partida é o escape, a culpa, um castigo
é como uma alegria sem os belos sorrisos,
mas é pura tristeza, em passos vagarosos
que se definham ao longo dos caminhos...
Não há mais lastros de sangue, ou genes
a cisão degolou a verdadeira misericórdia
o ultimo e derradeiro ato, o elo do perdão...
Então a morte espreita a vida, desalmando
o corpo que inopino, se perde no vão destino
na louca procura de tudo, procurando o nada...