Transtorno
A brisa da manhã fresca e sem calor,
Gela minha mente que está inquieta,
Visto que se um dia ela pensava reta,
Hoje não mais pois perdi minha flor.
Agora eu vivo somente da cor preta,
Mas no peito o sentimento é indolor,
Apesar que dei a flor o devido valor,
Tanto que para mim ela era completa.
Todas as noites eu já não tenho sono,
Penso sem parar nesse meu suplício,
E vivo de verdade em eterno outono.
Sei que tudo isso que sinto é fictício,
Que não traz na vida nenhum abono,
Mas sofrer de amor é como ter vício.