Phoenix

Nas matas rumores de seivas quentes,

Dispersas beijam o ar em desagrego.

Torrentes estrangeiras, sumos verdes,

Enraízam nestas terras que soergo.

Altivas, caminheiras, comandantes,

Sem convite sou mais uma estranha aqui.

No lugar a quem destes, a quem dantes

Há um jardim que é das flores, não de ti.

Não arrefeço! Ergo-te vinhago!

Nas montanhas caudalosas em repouso,

Há uma trilha a espera de um presságio.

E com mãos neste terço, oro e rezo,

À morte do phoenix milagroso,

Á boca de silêncio que desprezo!

Canoas, 07 de maio de 2007/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 09/05/2007
Reeditado em 10/04/2009
Código do texto: T481401
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