Phoenix
Nas matas rumores de seivas quentes,
Dispersas beijam o ar em desagrego.
Torrentes estrangeiras, sumos verdes,
Enraízam nestas terras que soergo.
Altivas, caminheiras, comandantes,
Sem convite sou mais uma estranha aqui.
No lugar a quem destes, a quem dantes
Há um jardim que é das flores, não de ti.
Não arrefeço! Ergo-te vinhago!
Nas montanhas caudalosas em repouso,
Há uma trilha a espera de um presságio.
E com mãos neste terço, oro e rezo,
À morte do phoenix milagroso,
Á boca de silêncio que desprezo!
Canoas, 07 de maio de 2007/RS