CHOFRE

Pela morte, na dor de um ser perdido

na doença da sina desgarrada

que de sangue infecto foi manchada

em epitáfios de mármore, berço ungido.

Pela lágrima que rola desmembrada

de um olho sem brilho e carcomido

mendicante, que vagueia distraído

rumo à lápide de musgo escarpada.

E no lodo que forra a laje fria

tomba inerte, um corpo indo a tumba

dormitando na noite de agonia.

Mas a brisa que envolve e que retumba

sopra leve num compasso de orgia

fabricando de areia a catacumba.