A cidade adormece...
A cidade adormece...
A urbe desatinada lava toda mazela
Sobre às entranhas recai um diluvio
O carioca desvanece-se à fumê janela
Dos céus relâmpagos em pronto envio
A noite coberta de neon...tétrica
Aos olhos turvos em lenta câmera
Que piscam e o bom sono suplica
à sexta-feira de expectativa efêmera
Quem pode ao toque de recolher
assim pluvial da mãe natureza
incapazes somos de repelir tal destreza
Resta-nos em acalanto leite quente
E monólogos...aos lençóis nos encolher
Cadê a cênica cidade e sua gente?