Adeus, ó, vida!
Adeus, ó, vida, fonte de desgosto,
que tudo me tirou, sem dar-me abrigo,
um sonho, uma ilusão, sincero amigo,
que tanto necessito, por suposto.
Adeus! Não quero, não, seguir contigo!
A mim somente dor me tens imposto,
que escava valas fundas em meu rosto,
transforma o meu viver em breu, castigo.
Desejo ir, sozinha, em meu caminho,
buscar, além, a paz, o morno ninho,
no colo do infinito azul do céu.
Adeus, ó, vida! Vou-me só, liberta,
não quero ouvir conselho, contraoferta,
porque, de ti, estou descrente, incréu.
Brasília, 19 de Maio de 2014.
Absinto e Mel, pág. 73
Adeus, ó, vida, fonte de desgosto,
que tudo me tirou, sem dar-me abrigo,
um sonho, uma ilusão, sincero amigo,
que tanto necessito, por suposto.
Adeus! Não quero, não, seguir contigo!
A mim somente dor me tens imposto,
que escava valas fundas em meu rosto,
transforma o meu viver em breu, castigo.
Desejo ir, sozinha, em meu caminho,
buscar, além, a paz, o morno ninho,
no colo do infinito azul do céu.
Adeus, ó, vida! Vou-me só, liberta,
não quero ouvir conselho, contraoferta,
porque, de ti, estou descrente, incréu.
Brasília, 19 de Maio de 2014.
Absinto e Mel, pág. 73