O MEU CARRASCO

A horrenda morte vive sempre em mim,

Entre as trevas da minha escuridão

Que à vida me deseja em união,

Para que eu possa ter um triste fim.

A morte me deseja o mal assim

Tão macabro da mente em podridão,

Como um vulcão sujeito à maldição

Da terra que sepulta o meu jardim.

Que desventura! A morte não descola

Nunca da minha vida! Oh, triste sorte

Que a todo o vil instante me degola!

E já nem sei do rumo nem do norte,

Só sei que sou um homem de alma tola,

Que não sabe vencer a dura morte.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 16/05/2014
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