O MEU CARRASCO
A horrenda morte vive sempre em mim,
Entre as trevas da minha escuridão
Que à vida me deseja em união,
Para que eu possa ter um triste fim.
A morte me deseja o mal assim
Tão macabro da mente em podridão,
Como um vulcão sujeito à maldição
Da terra que sepulta o meu jardim.
Que desventura! A morte não descola
Nunca da minha vida! Oh, triste sorte
Que a todo o vil instante me degola!
E já nem sei do rumo nem do norte,
Só sei que sou um homem de alma tola,
Que não sabe vencer a dura morte.
Ângelo Augusto