MAGNÓRIOS & NÊSPERAS
Um dos grandes mistérios da botânica
Nos humanos jardins da convivência
Tem confrontado toda a conveniência
Numa tenaz estética de mecânica.
Há por ventura enorme divagação
Acerca destes frutos do jardim
E não adianta, em cena de arlequim,
Sustentar esta estéril confusão.
As formas e as cores são diferentes
E há grande diferença de estação,
Os magnórios em Maio são menção
E as nêsperas no Outono emergentes.
Não olvidando a estória desta rábula
Dir-se-á que dos magnórios fica a fábula
Que põe as nêsperas como ancestrais.
Quer seja primavera, ou seja outono,
Convém deixar-se o seu para seu dono
Não se voltando a confundir jamais!
Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA