O vagaroso passar do tempo
O lento negrume vivaz faz do sono,
O inferno azul de uma imensa traição
Vago no coração inerme do abandono
Vem à tona o não sentir insano em vão.
Não é suave o riacho de água do engano
O sentir por ela este amor no coração
Não sou hábil no encanto e vil dano
Minha alma não tem descanso e razão.
Que bom estar na margem do rio inteiro
Saber que é ela que irá me ter primeiro
Só em letargia assim vou seguindo.
Viva dias de amores e paixões vãs
Nas noite de feitiços e febres terçãs
Minha Hera de corpo e espectro lindo.
Herr Doktor