MINHA MORENA
Morena do campo, do lirismo,
compõe as várzeas desta poesia,
trazes os sentimentos do arcadismo,
completando a minha antologia.
Teu cheiro de mato, de erotismo,
vem dos cinamomos, da magia,
mexe com a cabeça, leva ao abismo,
leva para o céu e me sacia.
Ai, morena, náiade, cujos cabelos,
ondulam como longos novelos,
refletindo a doira luz do sol!
Mas os teus cabelos são castanhos
refletores de todos os rebanhos
das cabras que descem do arrebol.
(YEHORAM)