CANTIGA DO AMOR QUE É TEU /// SONETO 11

Soneto 11

“Oui, nulle souffrance ne se perd...”

Sim, nenhum sofrimento se perde...”

M. de Vogué

Cantiga do amor que é teu

Por que, meu amor, não vens e me contas

Dos tantos caminhos por onde andaste...

Dos perigos e chagas que enfrentaste

E não descreves contínuas afrontas ?

Por que não entras e calmo te alongas

Nas descrições dos prantos que choraste...

... dores que em desilusão fecundaste ?

Do coração as fibras estão prontas !

Não te importes, já não és peregrino...

Os turbilhões amargos ... já não são !..

Já não precisas temer o Destino.

O sofrimento ... não se perdeu não!

O que aprendeste .., se tornará hino

Vem, amor ! Sacia-me o coração !...

Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 14/05/2014
Reeditado em 14/05/2014
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