Canto da Liberdade
A medida dum sentimento saberá quem o sentir,
Não se pode ajustá-lo com régua, ou regras;
Números, esqueça! Aos matemáticos os entrega!
Deixe a tua emoção, do fundo do espírito, fluir.
O canto inflamado da tua dor, em flor, abordas,
E bordas as linhas livremente, caneta em papel;
E assim fazendo, a tua poesia alcançará o céu...
Com o ruflar das asas das páginas que adornas.
O bardo é pássaro, canta da aurora ao pôr-do-sol,
E noite adentro, trespassa as limítrofes barreiras;
Sendo livre, não impõe freios ao amigo rouxinol,
Antes faz da liberdade um abrigo, uma bandeira
E do seu doce cantar – o seu altar, seu bem maior –
Um amar, um sentir... A escrever como bem queira.