Canto da Liberdade

A medida dum sentimento saberá quem o sentir,

Não se pode ajustá-lo com régua, ou regras;

Números, esqueça! Aos matemáticos os entrega!

Deixe a tua emoção, do fundo do espírito, fluir.

O canto inflamado da tua dor, em flor, abordas,

E bordas as linhas livremente, caneta em papel;

E assim fazendo, a tua poesia alcançará o céu...

Com o ruflar das asas das páginas que adornas.

O bardo é pássaro, canta da aurora ao pôr-do-sol,

E noite adentro, trespassa as limítrofes barreiras;

Sendo livre, não impõe freios ao amigo rouxinol,

Antes faz da liberdade um abrigo, uma bandeira

E do seu doce cantar – o seu altar, seu bem maior –

Um amar, um sentir... A escrever como bem queira.

Geraldo Meireles
Enviado por Geraldo Meireles em 09/05/2007
Reeditado em 25/02/2019
Código do texto: T480476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.