TARDE DEMAIS!

Tão inutilmente, ora, me procuras,

No findar amargo da minha jornada,

Quando só ficaram tantas desventuras,

E estes sonhos findos que deram em nada.

Por que alçarei maiores alturas,

Quando a esperança já é tão minguada?

Já é muito tarde! Foram tais agruras,

Que a minha alma se calou cansada.

Hoje, que a vida me está devastada,

Vem o teu amor fazendo alvorada,

Prometendo aquilo que eu tanto sonhei.

Mas, por te esperar minha vida inteira,

Hoje, nada tenho além de canseira

E este coração que já sepultei.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 12/05/2014
Código do texto: T4803868
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