TARDE DEMAIS!
Tão inutilmente, ora, me procuras,
No findar amargo da minha jornada,
Quando só ficaram tantas desventuras,
E estes sonhos findos que deram em nada.
Por que alçarei maiores alturas,
Quando a esperança já é tão minguada?
Já é muito tarde! Foram tais agruras,
Que a minha alma se calou cansada.
Hoje, que a vida me está devastada,
Vem o teu amor fazendo alvorada,
Prometendo aquilo que eu tanto sonhei.
Mas, por te esperar minha vida inteira,
Hoje, nada tenho além de canseira
E este coração que já sepultei.