Após o velório de Yvone
Enquanto caminhávamos tristonhos
Acompanhando o préstito de Yvone,
Lembrávamos, chorando, que o seu nome
Era o mais exultado em nossos sonhos.
No cemitério, os túmulos medonhos,
Mais pareciam pálidos de fome;
E a terra, - meretriz que nos consome -,
Nutria-se dos lírios mais risonhos.
Enquanto caminhávamos, chovia,
E a chuva, lentamente, nos caía,
Lavando o corredor à nossa frente.
E os passos sucediam-se morosos
Para guardar Yvone junto aos nossos,
No mausoléu de todos os parentes.
11 de Maio de 2014