PEDAGOGIA DO VENTRE

Quando eu morava lá no escuro ventre

tudo era noite em mim e eu só saí

porque escutei no dia em que eu nasci

a voz da Vida a me dizer: “Venha! Entre!”

Vejo hoje ao relembrar aquele umbral

meus sonhos a voar quais fossem fadas

e além da mata espessa escancaradas

as portas róseas de uma catedral.

Em prece e a cada culto, ao sol nascente,

com mil mesuras todo o ser vivente

celebra às mães tal ritual sagrado.

Só se é feliz quer homem quer mulher

Quem como as mães morrer de amor quiser

Para fazer feliz seu bem amado.

Lúcio Gama
Enviado por Lúcio Gama em 11/05/2014
Reeditado em 31/07/2016
Código do texto: T4802102
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