PEDAGOGIA DO VENTRE
Quando eu morava lá no escuro ventre
tudo era noite em mim e eu só saí
porque escutei no dia em que eu nasci
a voz da Vida a me dizer: “Venha! Entre!”
Vejo hoje ao relembrar aquele umbral
meus sonhos a voar quais fossem fadas
e além da mata espessa escancaradas
as portas róseas de uma catedral.
Em prece e a cada culto, ao sol nascente,
com mil mesuras todo o ser vivente
celebra às mães tal ritual sagrado.
Só se é feliz quer homem quer mulher
Quem como as mães morrer de amor quiser
Para fazer feliz seu bem amado.