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O ABATE DO IPÊ [497]
Um ipê gigantesco, muito belo,
arguia a copa aos céus daquela praça,
a demonstrar florada em amarelo,
às ramagens impondo muita graça.
O vegetal, no ar, violoncelo,
farfalhando trejeitos a quem passa,
emitia dulçores que eu revelo:
eles eram de Deus a própria taça.
Apesar d’ambiência poluída,
o enorme ipê sorria, tinha vida,
e nem ligava o meio que o feria.
Reforma radical no logradouro:
acharam de abater o meu tesouro,
que tanto os olhos meus de luz enchia.
Fort., 10/05/2014.
O ABATE DO IPÊ [497]
Um ipê gigantesco, muito belo,
arguia a copa aos céus daquela praça,
a demonstrar florada em amarelo,
às ramagens impondo muita graça.
O vegetal, no ar, violoncelo,
farfalhando trejeitos a quem passa,
emitia dulçores que eu revelo:
eles eram de Deus a própria taça.
Apesar d’ambiência poluída,
o enorme ipê sorria, tinha vida,
e nem ligava o meio que o feria.
Reforma radical no logradouro:
acharam de abater o meu tesouro,
que tanto os olhos meus de luz enchia.
Fort., 10/05/2014.