O CERNE DA POESIA
A poesia sucinta assemelha-se à aldravia
cujo versejar abissal faz-se genuína via
Do sentimento a libertar duma redoma
O lirismo textual ao medo doma
O escriba intrínseco herói da palavra
cabe a faceta bélica e a galhardia
diante à vitalícia tirania brava
salvá-las do esquecimento todo dia
A poesia, pura magnitude etérea
Há espaço ao mais absurdo leigo
Basta a seu cerne o olhar meigo
O carinho ao verso se faz mister
Nas mãos que transpiram o dever:
à tradução do sentir jamais se abster
10.05.2014