Onde Eu sou Eu!
Onde Eu sou Eu!
(Soneto)
Falta de novo, ter em mim o sumo…
O néctar, a bebida do criar;
O meu génio está turvo e a debandar,
Não consigo aceder-me neste fumo.
Há uma vontade em mim que agora assumo,
De minha trajectória comandar.
As asas sentem falta de planar,
De evitar este chão de estéril rumo!
Preciso de me dar ao movimento!
Para me conduzir ao meu destino,
Onde Eu sou Eu e brilho em mor portento.
Quero ser devolvido ao firmamento…
Ficar no meu querido e etéreo pino,
Ser astro eternamente suculento!
André Rodrigues 8/5/2014