Sic transit gloria mundi

(De uma dedicatória ao Rubaiyat de Omar Khayyam)

Um dia, amiga, tanto eu quanto você

Não mais nos sentaremos para conversar –

Nossas pálpebras Tânato virá fechar

Mais cedo ou mais tarde, e haveremos de morrer.

Num esquife, imperturbáveis, a adormecer,

Nossa matéria ao solo irá se misturar

E o Orbe, no espaço sempre a girar,

De nossas formas haverá de se esquecer.

Mas tardará ainda a chegar tal dia;

Provemos deste vinho tão delicioso

E desfrutemos da vida com alegria.

Se não fosses de fato todo-poderoso,

Por que a embriaguez não nos concederia

Como um conforto, ó Deus misericordioso?

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 08/05/2014
Reeditado em 07/11/2019
Código do texto: T4799023
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