Soneto n.306
MÃE AMADA
(soneto 306)
No peito, uma ardida saudade estala
e, baixinho, eu me pego a chamá-la
quando alguma dor chega, indefinida,
quando fico sem chão na minha vida.
Lembro-me do seu olhar cor de opala
e lamento não poder mais encontrá-la
se me sinto só... tão incompreendida,
tantas vezes sem mão que dê guarida.
...
E agora, o que o coração mais deseja,
ao ver (no céu) uma estrela peregrina,
é estar nos teus braços - como menina.
Talvez então, numa estrada, eu te veja
(ao término da minha terrena jornada)
minha mãe querida, minha mãe amada!
Silvia Regina Costa Lima
4 de maio de 2014
(e essas rosinhas que vc tanto amava nunca mais deixaram de florir aqui)