SONETO DA LUZ QUE SE APAGOU...
Noite alta para descanso do corpo
É quando a imaginação mais trabalha
Penso no que antevejo como morto
Como se eu fosse ferida em navalha
Madrugada e o desejo partiu
Eu não fui; mas, no sonho o idealizei
Está no que dentro em mim evoluiu
Perpetuado em ais que manifestei
O dia veio com alegria efervescente
Ele sequer sabe o que se passou
E sai de minha vida indiferente...
Entardeceu; de novo aqui estou
Com o cérebro envelhecido e demente
E agora, enfim, a luz já se apagou...
Madalena de Jesus