Xeque-mate
Da tua boca ouvi sem pejo:
“Nós não temos mais nada!”
Senti que desci uma escada,
Pois destruiu o meu desejo.
Foi ai que senti tua facada,
Senti então o meu despejo;
Mas o amor ainda é sobejo,
Tento absorver tua pancada.
Não me arrependo, eu juro,
De sempre ser tão bondoso,
Tratando a ti igual ao ouro.
E não minto, vivo saudoso,
Porque da alma até o couro,
Ainda sinto teu jeito sedoso.