Imagem do Google / www.macricopia.com.br
OS MENESTRÉIS [494]
Resisto a não tocar a minha lira,
pois o lirismo canta-me no peito;
e bato o pé, se não rimar direito,
que sem os sons a vida nem inspira.
Recuso num soneto não pôr mira,
até se, como os meus, houver defeito,
contudo os versos livres eu respeito,
e bardo algum merece a minha ira.
Refuto, já com força, a quem resiste
aos estilos de época d’antanho,
porque negá-los torna a musa triste.
E ao pacóvio que mal diz dos poetas,
com ternura, desdigo a bom tamanho:
os menestréis são almas dos estetas.
Fort., 05/05/2014.
OS MENESTRÉIS [494]
Resisto a não tocar a minha lira,
pois o lirismo canta-me no peito;
e bato o pé, se não rimar direito,
que sem os sons a vida nem inspira.
Recuso num soneto não pôr mira,
até se, como os meus, houver defeito,
contudo os versos livres eu respeito,
e bardo algum merece a minha ira.
Refuto, já com força, a quem resiste
aos estilos de época d’antanho,
porque negá-los torna a musa triste.
E ao pacóvio que mal diz dos poetas,
com ternura, desdigo a bom tamanho:
os menestréis são almas dos estetas.
Fort., 05/05/2014.