SONETO DA DOR MAIOR.
Tange no altar um singular sino,
seu eco triste repousa bem longe,
anuncia o desencarne de um menino,
oculta a face da mãe,a dor que range.
No pé do altar um corpo quieto,
na funda e funesta veste mortuária,
no ar um quadro de dor completo,
que em choro ecoa o santuário.
Sobre a matéria gelada e inerte,
ao céu as rezas embalam a pomba,
neste ritual o clima em dor converte.
A tampa oculta o corpo tão amado,
que em outras mãos ruma a tumba,
atras a mãe com o coração cravejado.