SONETO DO DESENCARNE.
Adejando as nuvens vê-se o céu,
o céu é um mistério ,é um encanto,
lá os espiritos vão vagando ao léu,
suave como aquela flor no seu canto.
Ao morrer a alma rasga o tempo,
arredam as nuvens com mãos de alma,
e hospedam,e vivem sem contratempo,
e assim vivendo, todo seu sofrer acalma.
Ficam de inicio em imensa ociosidade,
vendo do alto o fogo queimar a terra,
e sobre as chamas os passos da humanidade.
Aos poucos a alma desperta,começa o labor,
vai preparando para enfrentar outra guerra,
numa nova viagem, em busca da flor do amor.