Sapatos No Sereno da Janela
Dormir sem ter esperanças, sonhar
em vão sem cerrar os olhos à noite.
Em largas passadas a caminhar nas costas os infortúnios como açoite.
Rabiscar meus desenhos no papel,
sem lápis de cores pra realçar.
Minha sorte é que a barba de Noel,
é branca, não a precisei pintar.
Sapatos no sereno da janela,
aguardando o presente que não vinha.
Meus amigos, todos em sentinelas.
Minha casa era longe, bem lá no alto,
referência era a casa da vizinha.
- Papai Noel, tinha medo de assalto!...
01/05/2014 Fim