QUANDO ACORDO

Vindo do sono, a preguiça é meu berço

Lindo, eu sinto, outro dia que mereço

Lento levanto, abro os olhos para a luz

Vento me traz perfume lépido... Seduz...

Vejo mil cores e voando no horizonte

Pejo sorriso ao nascer do sol insonte

Canto arguto que anuncia alvorada

Canto um culto à minh'alma renovada...

Manso, meus olhos... Outros olhos são atentos

Traço enfim o meu olhar num véu quieto

Canso o céu com a insistência desses ventos...

Faço das nuvens o meu molde predileto

Lanço infindos pensamentos sem tormentos

Laço d'olhares... Céu d'estrelas em secreto...

Autor: André Pinheiro

10/04/2014