NOITE DE TREVA
No dia, em que fria, tu me dizias:
tudo acabou, já não te quero mais!
Eu vi girar o mundo de utopias
que recebi dos meus ancestrais.
Diante dos meus pés tu me abrias
os abismos mais cruéis e infernais,
me queimava do mal que tu ardias;
no teu ódio, na lava dos imortais.
Naquela noite insana, de treva,
eu já vi o meu fim, o meu castigo,
que me roubara a minha paz, a calma.
Então percebi o que havia comigo:
Era que, se eu perdesse a ti, ó minha Eva,
eu não mais teria em mim a minh´alma.
(YEHORAM)