A eterna dor hipócrita de amar
Sempre e sempre desejarei o coração da dama,
Com uma agudeza de sentimento que eu distingua
O verde do mar dos olhos daquela que me não ama,
Pois o amor é a a serenidade que não mingua...
E o mal dizer dos poetas da vida não atinge
Com a mesma acurácia o elogio que faço
Ao encantamento que sinto olhando a que age
Para o meu peito querer o que faço...
Mas a beleza da vida não será maior se eu não ver
A eterna formosura, metáfora da emoção, em paz,
Com a lânguida memória de viver um grande amor...
E a verdadeira face de um homem, que quero ter,
Só se revela diante da agonia de estar onde jaz
O amor por uma musa que os dias levam a dor...