À QUEIMA ROUPA...
De onde vem esse brilho,
Que antes senti tanta falta,
Que agora me serve de trilho,
E em minh`alma se asfalta?
Esse olhar misto de estribilho,
Com um silêncio em notas altas,
De um coração sem empecilho,
Em atuar despido nesta ribalta.
De quem puxa o beijo gatilho,
À queima roupa que sirva de atilho,
Amarrando o passado a pauta.
Ou não quer mais amor andarilho,
Ou não sabe seguir o amor rastilho,
Sem findar no gozo em que salta.