NÃO QUERO!
NÃO QUERO!
O brilho dos teus olhos, estes mundos,
Que tu, somente tu conhece, e Deus;
São círios da tua vida, são profundos,
Quiçá quem sabe, um dia, vejam os meus...
Eu vejo nos teus olhos tanta vida
Um mar de sonhos brandos em bonança,
E os tomo para mim feito guarida,
E encho-me, pois, deles de esperanças...
Olhar o teu olhar me traz ventura
Acende na minh’alma a tua procura
Clareia o meu olhar cheio de breus...
Embora eu sempre saiba que é loucura
Que nunca vais olhar-me com ternura
Não, não quero enxergar o teu Adeus...
Arão Filho
São Luís-Ma, 28 de ABRIL DE 2014