HIPÉRMORO

Ó, minhas hipérboles adoráveis,
Não posso dirimir meu proceder,
Sem que eu afogue em mares violáveis:
Minha faculdade de enobrecer.

Caço dentro dos meus "Eus" um vetor,
Que é deslocado por insensatez
Ao ventrículo ogro de um caçador:
Mergulhado em águas de estupidez.

Ah! Mas, não me congratulo com a zeugma,
Pois não fala por minha sobriedade
De Id devoto de contrariedade;

Venerando a controvérsia por dogma!
Com ósculo profano da verdade,
Consagra o voo caro e infame da frade...

Só posso dizer: eu que te amo, hipérmoro!

 
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 28/04/2014
Reeditado em 22/06/2014
Código do texto: T4786274
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