A puta
Deitado agora sobre a cama enxuta
Lembrei em ouvi-la me dizendo assim:
Teu coração só não pertence a mim
Porque deveras eu sou prostituta
Que mal havia nela ser uma puta
E tratar isso como algo ruim
Ser eu o homem que ela é mais a fim
Mas que por mim seu coração reluta?
Não era o gozo, nem qualquer doença
Mas era o medo de minha presença
Em demasia a sujeitasse a dar
Algo que seu serviço não devia
Então torci para chegar o dia
Que sem cobrança ela pudesse amar.