DESUMANIDADE

Eram a mulher e a criança,

Sentadas ambas àquela mesa,

Da lanchonete à espera de ser

Servido o lanche, o estômago pesa.

A mochila descansa ao lado,

A comida foi então servida,

Parco era o diálogo, sussurros,

Toda a situação ali sem saída.

Diante do alimento quente,

A mulher em diz em voz baixa:

“A vó boba não quis vir. Ela nunca sai”.

Entre colheradas rápidas, num repente,

A menina quer falar, a voz não encaixa,

O alimentar-se, no entanto, bem lhe cai.

2.014