Desatino

Sufocam-me sonhos angustiam-me
qual louco neste tempo iludo
não posso transformar meu mundo
mundo louco preso ao que cativa-me.

Desfaço meu  palco e despeço-me
do tal  desgraçado fardo imposto
De todas lembraças mais desgosto
perdido entre o limbo esmoreço.

Trazendo a cruz do fardo a vida
em tantos entretantos eu pereço
na estrada perdida e aturdida.

Ouço a voz dos tempos que  esmaecem
dentro de uma alma vunarável que padece
nos desejos da carne ainda viva.