DUAS FACES DA MESMA MOEDA
Dizem que a morte é cruel, nos espreita,
Para o bote traiçoeiro final.
Ora, meu Deus, que coisa mais banal,
Morte/vida é simbiose perfeita!
Elas são faces da mesma moeda
Com alto valor de uso e não de troca
Cada um tem a sua e não se toca:
É dar conta do recado, ou se enreda.
Ao nascer começamos a morrer,
A semente da morte está na vida.
Nossas celulas crescem, se sucedem,
No contínuo normal do envelhecer.
Nós morremos a cada hora aferida,
Em processos que jamais retrocedem.