Atolado em tenaz desencanto

da existência esfregando sadismo

e cravando agulhinhas no pranto,

me definho no vão do ostracismo.

Atirado em caótico espanto,

nas entranhas faz-se ácido abismo,

quando bebo lesivo egoísmo

de indivíduo inviolável e santo.

O restolho das fés inocentes

é espremido às pisadas urgentes

de indivíduo implacável e só.

E aturdido, me arrasto somenos,

misturado a poluentes, venenos

da cidade, a seu lixo, seu pó.