Soneto do antigo amigo

Aparece em crus encontros o d'antes

mastigado em antigo desapego

onde a mim permitiu inverno distante

encontra-se novamente em sossego

Humanamente, o início, a couraça

num olhar breve e menos duvidoso

do que me fez, pela mente, a desgraça

de lembrar sempre o desvio saudoso

Da sequela feita de tempo lento

que, passado este, por mais adiante

desperta do escuro este vão momento

que a vida mostra em silêncio, comigo

quando voa dentre a noite constante

pousando em mim meu secular amigo

Heitor de Lima

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 23/04/2014
Código do texto: T4780458
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