Lá no grotão
Aquela luz no braseiro,
Chamas tímidas a brilhar,
O galo cantando no terreiro,
Chegou a hora de madrugar.
Sol que nasce lá no grotão,
Raios vívidos revelam a relva,
Perdendo-se na densa selva,
Opaca e sinistra por definição.
Um riacho doce e límpido,
Com curvas sinuosas a seguir,
Retrata a fina beleza do devir.
O espetáculo orquestral no céu,
Pássaros a cantarolar sem parar,
Melodias suaves com gosto de mel.