A TERRA DO TEMPO SEMPRE EM GUERRA
Abraço a vida em força transparente,
Para que ela jamais assim me fuja,
Na noite em que ouço o canto da coruja
Que me parece não estar contente.
As árvores sucumbem facilmente
E eu as sinto na fraca força, cuja
Escuridão esconde a terra suja
Pelo terror da sede, fatalmente.
Em meio a isto, assisto a tanta morte,
Já pensando na minha boa sorte
De ainda viver mais tempo aqui na terra.
E na prisão da vida em liberdade,
Sinto a revolução que muda e invade
Esta terra de tempo sempre em guerra.
Ângelo Augusto