A TERRA DO TEMPO SEMPRE EM GUERRA

Abraço a vida em força transparente,

Para que ela jamais assim me fuja,

Na noite em que ouço o canto da coruja

Que me parece não estar contente.

As árvores sucumbem facilmente

E eu as sinto na fraca força, cuja

Escuridão esconde a terra suja

Pelo terror da sede, fatalmente.

Em meio a isto, assisto a tanta morte,

Já pensando na minha boa sorte

De ainda viver mais tempo aqui na terra.

E na prisão da vida em liberdade,

Sinto a revolução que muda e invade

Esta terra de tempo sempre em guerra.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 22/04/2014
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