Amor que mata-me
Ó amargas lembranças que vos procuro
Pelos sonhos que eu em vão sonhava,
Ah! Mísero eu não pensava
Que amar fosse o maior apuro!
Amor que me mata e eu em vão duro!
Que na branda suplica me arrastava
E assim minha alma se desgarrava,
Amor que vos rompe o peito mais duro!
E como é plena a vil desgraça
Quem imaginara que da brandura
Se criara num peito brando a mágoa.
Ah! E não há nada mais que eu faça
A não ser ter os olhos quentes d’água ,
Amor que vos tira a vida e em vão dura!