Devaneios Beira-Mar
Somos tão pequenos no universo
Como onda que quebra na areia
Como prosa contida neste verso
O chamado lúgubre da uma sereia
Somos infinitamente arrogantes
Em uma pomposa fala milagrosa
Dos ditos e feitos tão exuberantes
E sua a alma fétida e asquerosa
A beira-mar em devaneio intenso
Ao suave toque do sal em mim
De alguma forma senti suspenso
Rabiscando suavemente este papel
Tentando grafar milagres sem fim
Encontro Deus a sorrir sob este véu