A saudade mora em mim

Quando você não vem ela é um tanto forte

A saudade que é baderneira em meu cerne

Grita você por meus cantos, me tira o norte

Provoca frisson em minha alma e epiderme.

Conversa comigo e com todos os meus eus

E ora é monólogo que às vezes não entendo

Outras vezes eu acho que é mágica de Deus

É essa fúria gostosa que quase compreendo.

Você está em mim, disso tenho total certeza

Empurra em todas as minhas janelas e porta

É algo bom que me compõe, mas me entorta.

Às vezes é algo tão forte e ora é tanta leveza

Sem ponto final é interrogação que exclama

São minhas reticências gritando que lhe ama.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 21/04/2014
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