RESSURRETO
Confesso ao deserto, a voz q’ entoa:
Ventos de piedade e amor apoderam-se
Da humanidade, que refece e à toa,
À morte e ao absinto-sevo, calam-se!
Vens tu, ó, feto de benevolência,
Coroar vida ao orbe flagelado.
Curar feridas, bálsamo esmagado!
Por nossos males; a vossa indulgência!
Do princípio o verbo que o mundo inflama
Co’ amor prosélito de eternidade.
Jardim perene de flores em rama,
Que enlaça forte a esperança à bondade,
Em milênios de sonhos que conclamam:
Abraça-nos c’ os braços da verdade!