RESSURRETO

Confesso ao deserto, a voz q’ entoa:
Ventos de piedade e amor apoderam-se
Da humanidade, que refece e à toa,
À morte e ao absinto-sevo, calam-se!

Vens tu, ó, feto de benevolência,
Coroar vida ao orbe flagelado.
Curar feridas, bálsamo esmagado!
Por nossos males; a vossa indulgência!

Do princípio o verbo que o mundo inflama
Co’ amor prosélito de eternidade.
Jardim perene de flores em rama,

Que enlaça forte a esperança à bondade,
Em milênios de sonhos que conclamam:
Abraça-nos c’ os braços da verdade!

 
Professor Daniel Silva
Enviado por Professor Daniel Silva em 20/04/2014
Reeditado em 17/02/2015
Código do texto: T4776094
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.